SÍNDROME DA RESIGNAÇÃO - 3ª Parte
Continuando com a UOL.
Foi na mesma época que a família teve negado o pedido de asilo, em uma audiência na qual Sophie esteve presente. Naquele momento, ela parou de falar e comer.
Histórico - A Síndrome da Resignação foi reportada pela primeira vez na Suécia, nos anos 1990. Mas apenas no biênio 2003-05, mais de 400 casos foram registrados. As chamadas "crianças apáticas" se tornaram uma questão política em meio a um debate crescente sobre as consequências da imigração na Suécia, país onde, segundo o Censo de 2010, quase 15% da população é imigrante. Houve relatos de casos de crianças fingindo estar doentes e mesmo de pais drogando ou envenenando crianças para garantir direito de residência - nenhuma dessas histórias foi comprovada. Na última década, o número de crianças afetadas pela síndrome diminuiu. O equivalente sueco ao Ministério da Saúde divulgou recentemente que houve 169 casos no biênio 2015-16. A doença parece afetar crianças de perfis geográficos e étnicos mais vulneráveis: aquelas da antiga União Soviética, dos Balcãs, crianças ciganas e, mais recentemente, yazidis. Apenas um pequeno número de afetados é de crianças desacompanhadas, muito poucas são asiáticas e nenhuma africana. Ao contrário de Sophie, as crianças com a síndrome normalmente vivem na Suécia há anos quando ficam doentes, e já viviam vidas adaptadas ao estilo nórdico, falando até a língua local. Inúmeras condições parecidas com a Síndrome da Resignação já foram observadas antes - entre sobreviventes de campos de concentração nazistas, por exemplo. Ó Wall!! Continua...
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