O que é brasileiro e o que é regional para a mídia nacional - 2ª Parte
Por: Ronaldo Cesar Carvalho. CONTINUANDO.
Porque Tom Jobim é brasileiro e Luiz Gonzaga é regional? Poucas cantoras do país são tão brasileiras quanto Elba Ramalho. Brioche é nacional, para a mídia, e nosso cuscuz é regional. O Boi de Parintins é tão brasileiro quanto os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Mas a mídia nacional nem dá atenção, pois fica longe, lá no meio da floresta. O desfile na Sapucaí parece campeonato de futebol e todo mundo tem um time, ou melhor, escola de samba para torcer! Quanto mais se formatar como nacional o que está pertinho da indústria midiática, mais fácil para eles é reproduzir e exportar, e claro, ganhar dinheiro e controlar as cabeças. O descartável, como as novas musas do funk carioca ou do pseudo-sertanejo de gente mal-amada, é barato para quem produz e caro para quem consome, e a ciranda da mídia tem que estar construindo ídolos a cada temporada, pois é melhor gerar algo novo do que perder tempo buscando reerguer carreiras. Tudo isto a partir de pre-conceitos de que o que é bom, está no Rio ou São Paulo, e que deve ser consumido por todos nós. Não se enganem achando que este sertanejo aí nasceu na roça, ele vem dos estúdios e escritórios das metrópoles sudestinas. Arriégua! Ó Wall!!! FIM
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